“Os patriarcas dominados por forte inveja de José, venderam-no como escravo para o Egito. Apesar de tudo, Deus estava com ele, e o livrou de todas as suas tribulações, dando a José graça e sabedoria diante do faraó, rei do Egito e de todo o seu palácio.” (At 7.9-10)
Quem são os heróis?
Por que eles tem a capacidade de nos inspirar?
Creio que, em nossa vida ordinária, é comum imaginarmos como seria transpor determinado obstáculo se, ao menos, tivéssemos algum tipo de “super poder”, ou “habilidade sobre humana”.
Em termos menos quadrinísticos (sim, criei esta palavra), heróis também são pessoas comuns que realizaram atos extraordinários. O escritor de Hebreus, no capítulo 11 de seu livro, traça uma breve biografia dos heróis da fé. Gente com a gente que viveu o que talvez apenas imaginamos experimentar.
Veja José, por exemplo: rejeitado pelos irmãos, vendido como escravo. Numa terra estranha, foi próspero ao cuidar de seu novo chefe; injustiçado, foi viver no presídio e lá tornou-se administrador dos encarcerados. Mais tarde, numa reviravolta digna de filmes hollywoodianos, sai diretamente dos calabouços egípcios para a casa civil do faraó, onde exerceu o segundo maior cargo de governo do país.
Falamos sobre José, pregamos sobre José, meditamos sobre José, aprendemos com José.
No entanto, José é apenas o figurante da história – o verdadeiro herói está ali, movendo os fatos, interferindo no natural, aprumando o caminho, guardando seu escolhido.
O verdadeiro protagonista da narrativa é o Senhor.
É interessante notar que, ao ler o relato da vida de José no livro de Gênesis, não se faz menção direta do Senhor, seja através de uma aparição angelical, ou mesmo uma voz vinda dos céus.
Nada disso. Apenas nos sonhos de José se vê um “quê” de sobrenatural, assim como na ocasião da interpretação dos sonhos do copeiro e do padeiro de faraó.
Mas não se engane – Deus está ali. Movendo todos os fatos por detrás das cortinas. Nada foi por acaso, nada aconteceu por acidente. Em tudo havia um propósito divino. José mesmo, ao se revelar anos depois aos seus irmãos, declara que não foram eles os responsáveis, mas o próprio Deus o havia enviado ao Egito, no intuito de preservar sua linhagem.
E quando podemos ver claramente o agir de Deus? Somente anos depois dos fatos ocorridos. Estevão, ao defender a fé evangélica, narra brevemente a história de José, mostrando o verdadeiro protagonista.
Por isso meu irmão, minha irmã, tenha certeza de que o Herói dos heróis está cuidando de sua vida, neste exato momento.
Você pode não notar Sua presença; não detectar Seus movimentos.
Mas creia – um dia, todo o caos fará sentido, e você glorificará ao Deus de nossa Salvação.
Em Cristo,
Daniel